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Não sou de cor, sou negra

(Euronews e revista afro)


Italia: Ministra da integração é vítima de preconceito pelo fato de ser negra

Cecile Kyenge /Gregorio Borgia/AP

Não é nenhuma novidade que não estamos livres dos preconceitos, seja ele manifestado de modo sexual, social e racial. E da mesma forma é do conhecimento de todos que a xenofobia está presente em toda parte, em todos os países embora haja quem diga que esta ideia de preconceito contra estrangeiros está acabando, não é a toa que pesquisas indicam que o neonazismo está crescendo não só no Brasil, como no mundo inteiro, de acordo com o resultado da pesquisadora da Unicamp Adriana Dias que indica que o conteúdo neonazista na internet teve um aumento de 170% de 2002 a 2009.

Gráfico da pesquisadora  da Unicamp Adriana Dias que indica o aumento do conteúdo neonazista na internet de 2002 a 2009
Não é difícil ainda que nos dias atuais escutarmos frases xenófobas que dizem que os europeus do norte são superiores aos do sul, que muçulmanos são violentos, asiáticos são sujos, negros são menos inteligente e etc, na verdade trata-se de esteriótipos criados por nós mesmos. 

Na Itália, a nova ministra da integração italiana, Cecile Kyenge de origem congolesa é a primeira mulher africana a ocupar um cargo no governo e já tem sofrido bastante com as críticas e até mesmo com o racismo xenófobo da oposição.
Ministra italiana Cecile Kyenge/Catherine Hornby
O deputado Mario Borghezio em uma entrevista a uma rádio italiano afirmou que Cecile irá impor as tradições tribais do Congo à Itália e pela internet, membros de um site chamaram Cecile de "macaca congolesa", "negra anti-italiana", "zulu". 

Estes insultos se dão na maior parte devido ao projeto da ministra em conceder o direito de cidadania italiana a filhos de imigrantes nascidos no país, o que só é concedido após a criança completar 18 anos.

Na última sexta-feira a ministra teve que organizar uma conferência para denunciar os insultos racistas sofridos por ela, já que desde que assumiu a ministra é vítima de preconceito.

“Eu não sou de cor, sou negra, e é importante dizer em público e com muita honra. Temos que derrubar estes muros. O ceticismo e a discriminação só aumentam quando os cidadãos se recusam a conhecer o ‘outro’. A imigração é uma riqueza e as diferenças são um recurso importante para este país”, afirmou a ministra.

Há 30 anos na Itália, Cecile foi escolhida pelo primeiro ministro Enrico Letta para ser a ministra de integração na última semana após conquistar no começo do ano uma cadeira na câmara dos deputados.


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